Borges Nhamirre escreveu um artigo onde fala da inocência dos Jovens da Frelimo, no qual afirma que tal inocência levou Valentina Gubeza ao Comité Central. Eu não creio que sejam inocentes. O termo adequado, no meu entender, é cobardia. Não creio que, no seio da Frelimo, eles (os jovens) pensam todas da mesma forma e aplaudam, no âmago das suas consciências, as atitudes e posições da liderança. Eles descordam e até, muitas vezes, julgam-nas (as posições) ridículas, mas não conseguem dizer o que pensam. Isso, para mim, é cobardia. A pior militância, para qualquer partido político, é o silêncio da consciência dos membros para benefício de ideias cristalizadas, megalómanas e ditatoriais.

Estes jovens cobardes e indignos cometeram, neste Congresso da Frelimo, o maior atentado a memória dos jovens que ergueram o punho no dia 25 de Setembro de 1964 contra o colonialismo português. Hoje, pelos exemplos amplamente demonstrados, nenhuma independência seria possível. Com os jovens de outrora, este Congresso não poderia ser, de forma alguma, um teatro para ampliar os tentáculos de poder do actual Presidente da República.

Há uma deliberada e estranha omissão dos detalhes em volta do silêncio e cobardia destes jovens, particularmente quanto à forma como foi (e ainda é ou continuará a ser) alavancada o percurso dos antigos combatentes dos tempos hodiernos. Os jovens verdadeiramente militantes estão fartos do desprezo, da humilhação e dos lugares mais sujos da hierarquia do partido. Ainda assim são incapazes de erguer a voz e dizer seja o que for.

Eles até sabem o que o país pagará pelas mentiras e demagogias dos que colocam no poder para velarem pelos interesses familiares. Diante dessa cobardia, os jovens fora da órbita do poder, é que vão continuar a pagar impávida e serenamente esses insultos à nossa inteligência colectiva, por parte de um e outro pinóquio de fato e gravata que só sabe erguer a voz nas redes sociais e engravidar o silêncio diante do Grande Líder.

Há, agora, uma corja de indivíduos que beneficia dessas nuvens de imprecisões, cobardias exacerbadas e silêncios coloridos de substância nenhuma, que no fim das contas só nos tem prejudicado como nação. Não vale, portanto, o argumento, de que ninguém pode opinar o que se passou em Pemba. É legítimo questionarmos e expressarmos a nossa frustração. Até porque era preciso desmentir os que disseram, um dia, que os jovens iriam vender o país. O vosso silêncio confirmou tal aspecto. Só que quem temia tal possibilidade equivocou-se completamente quando julgou que precisariam de poder para o efeito. Vocês venderem o futuro e hipotecaram as nossas liberdades e nem precisaram de agarrar o poder. Simplesmente abdicaram do mesmo.

O futuro deste país foi comprometido pelo silêncio cobarde destes jovens. Não são inocentes. São uns cobardes e cúmplices a troco de coisa nenhuma. Nós sabemos que eles pensam e têm ideias. Só que a cobardia é o maior anestesiante do raciocínio. Borges as nossas filhas é que irão pagar, no futuro, pela cobardia destes gajos. Não é inocência. É cobardia para indicar outro caminho…. Estúpidos

Que seres humanos continuem morrendo em manifestações ou tumultos é espantoso. A vitória da repressão e do medo não pode, de forma alguma, traduzir um estado democrático. O problema, nas mortes dos mineiros da África do Sul, não está na razão que “justifica” o premir do gatilho de quem detém o monopólio da violência. Nem está, também, nos paus, pedras e catanas que retiram legi

As imagens falam por si

timidade às reivindicação dos mineiros. Trata-se, isso sim, da quebra do limite que o ser humano consegue tolerar diante da fome e da injustiça social. Trata-se de ausência da assistência do Estado. Trata-se de levar uma vida indigente ao lado da opulência de alguns. Foi, portanto, a instauração de um sistema de salários miseráveis e degradantes que levou mineiros à greve e à manifestação violenta.

Foi a falta de leite, de pão, arroz e açúcar que carregou catanas. Foi a fome que se ergueu contra o opressor. Não foram vândalos, mas esfomeados de um país rico que preferiram morrer em vez de viver a mentira justiça social.

O que os mineiros sul-africanos compreenderam é que quando as leis do Estado levam os seus cidadãos ao precipício, quando a tão propalada ordem e progresso existe para enriquecer 10 pessoas e condenar milhões à indigência, é necessário trocar a ordem para progredir para algo melhor e mais justo. Porque uma ordem que privilegia uma minoria não te representa.

O problema nasceu daí, da distribuição desigual de renda e no facto de um punhado de pessoas não compreender que todos são iguais, que todos têm as mesmas necessidades e que passam por uma boa alimentação, uma casa confortável, uma boa educação, um trabalho digno e respeito – muito respeito – e reconhecimento da sua dignidade. Basta de abusos, da utilização da violência, basta que os Estados olhem para o lado diante de tanta selvajaria.

O protesto violento dos mineiros foi contra a grande mentira dos nossos dias. Dizem que somos todos iguais, mas não somos. O problema é de base. Onde há desigualdade, menos recursos e menos acesso a educação há mais brechas sociais. Ou seja, a fraca instrução dá menos oportunidades, menor salário, menos direitos, menos opções. Os mineiros só tinham aquela, mas a polícia e o Governo sul-africano deveriam ter muito mais…

Num recanto da casa mais luxuosa do bairro rico, em Maputo, ele está estrategicamente sentado no sofá das decisões, de onde pode observar todos rostos esqueléticos que se aproximam. Poderia ser confundido com um semideus de jeans e t-shirt. Os móveis da casa ilustram o seu gosto pela pomposidade. Estamos num país pobre. Paupérrimo. Mas ele vive como um rei. Metemos conversa, mas ele ignora a nossa

presença. Pedimos-lhe permissão para revolver o lixo, mas respira indiferença. É mais importante o “menino dos seus olhos”. Um carro que só o muito dinheiro – ganho explorando o povo – pode comprar. Isso não é problema para o progenitor da liberdade. Ele tanto ergue mansões, como ganha casas de mão beijada nas Vilas do país das maravilhas. Ele é o moçambicano por excelência. Pouco depois aproxima-se uma mulher apressada. Passa por nós com o rosto escondido. Entra e, qual serva, senta-se no chão a contemplar o rosto do semideus. Lava-lhe os pés, as mãos e deixa-se usar. Todos os dias é assim. Ela não resmunga e deixa-se maltratar pelo semideus. Deve-lhe a liberdade. A democracia e as pontes, dizem.

O semideus iniciou a sua vida empresarial ainda a guerra não tinha terminado e hoje espalha os seus negócios pela banca, energia, telecomunicações, indústria e não só. Ninguém lhe conhece à origem do dinheiro, mas o seu nome salta, quase sempre, quando se fala de negócios na Pérola do Índico. Os cidadãos do esquelético país tinham os olhos postos no futuro melhor e o a mulher já tinha mudado de mãos. Virou-se a página do deixa-andar, abriu-se o capítulo do combate a pobreza absoluta. Embalado pela revolução verde, o semideus embrutece o seu povo. Criou uma sociedade que não critica, que ignora o seu próprio sofrimento.  A mulher, sem esperanças de um futuro melhor, não hesita em abrir as pernas e deixar-se usar.

O semideus dentro do Mercedes com direito à escolta desliza pelas melhores curvas do corpo de uma mulher dilacerada. O carro com ar-condicionado e combustível pago por doadores e contribuintes é um mundo à parte. Circunda pelo corpo da mulher, mas desconhece-lhe as cicatrizes. Para lá dos vidros escuros mantém-se um pobreza que o semi-deus não reconhece. Uma pobreza crescente. Desconhece, por que só fala em prosperidade, que o fosso social, 37 anos depois, não foi resolvido.

A mulher, embora não fale das suas dores, acha injusto que ex-militares tenham virado empresários de sucesso. Acha ridículo que seja extraído do seu corpo a riqueza que torna o semideus arrogante. Acha ridículo o discurso da revolução verde. Do Prosavana e de todas outras comédias. Porém, ela julgo que está entregue. Abre as pernas e deixa que, como sempre, ele ejacule nas suas entranhas toda a merda que tem dentro…

Se tudo tivesse decorrido normalmente, Suzete passaria pelo mundo sem que as pessoas reparassem nela. Nasceu sem membros, em 1983, o ano em que o repolho salvou vidas e legitimou em larga escala aquilo que se convencionara definir “se não fosse eu” aplicado à subsistência de uma nação. Suzete vegetava num quarto escuro com a mínima assistência, sem direito à banhos de sol e qualquer manifestação de carinho. Suzete não era ignorada pela deficiência mas porque a deficiência era aquilo que moldava todos os seus gestos quotidianos. Suzete era uma espécie de trapo sem serventia. Só se lembravam dela porque ocupava espaço e, de quando em vez, era necessário contornar o seu corpo para chegar a varanda.

Não é por acaso que, antes de se lembrarem que podiam usar a sua deficiência, antes de se imaginarem membros de uma associação fantoche, a família fumo planeou abandonar Suzete na rua. Acontece que depois dessa ideia estapafúrdia, alguém pensou em criar uma associação que cuida dos direitos de pessoas portadoras de deficiência e Suzete foi transformada na menina bonita, aquela que corta os corações dos doadores até que eles, caridosos, vomitem dólares. Estávamos em 1998 e os pais da Suzete iniciavam aquilo que seria uma associação próspera na conta bancária e fechada aos, pasme-se, deficientes.

Se tudo tivesse decorrido normalmente, dizíamos então, ninguém além de Suzete sofreria pela condição física nas mãos dos seus progenitores. Porém, por interposta infelicidade, Suzete garantiu um aterrador rodapé na história da prosperidade da família Fumo.

Os que pés que pisam outros pés. Não estes, mas os que tornam estes a negação da existência humana.

O que é ser de um país, de um município ou de uma província? Em grande medida, é ser alguém que gosta especialmente de um país, de uma província ou de um município, e que se regozija com as conquistas dessa parcela de terra. Há, no entanto, um problema. De que serve uma conquista ou vitória da edilidade a um munícipe? Isto é, por que razão um Estádio Municipal na Beira deixa tão contente aos críticos [como eu, embora não partilhe do contentamento “colectivo” neste caso], por exemplo, do Estádio Nacional do Zimpeto? Qual é, afinal, o objectivo ulterior da crítica? Um só: obrigar o visado a reflectir numa decisão melhor. O Município da Beira acabou de anunciar a construção de um Estádio Municipal, e muitos moçambicanos interpretam este feito como uma vitória do edil e dos beirenses. Interpretam assim porque são estúpidos. Um cidadão inteligente, havendo-o por aí, só poderia sentir vergonha de mais um elefante branco. Aliás, a capacidade de sentir vergonha nos momentos certos é, não raro, um sintoma de inteligência.

Dir-me-ão que isto não tem nada a ver com inteligência. Respondo que defender a prática da celebração de construção do acessório [mais um Estádio na terra onde a fome abunda] recorrendo à estupidez [Maputo também o tem] em que consiste o exercício é provavelmente uma defesa idiota. O que se festeja hoje como conquista do povo beirense é, à falta de melhor, a irracionalidade própria de quem celebra. Aquelas pessoas celebram porque estão convencidas – a cultura em que nasceram educou-as assim – de que a pomposidade, por si só, merece celebração.

Os argumentos usados contra o Estádio Nacional do Zimpeto têm de ser aplicados, no mesmo tom, de modo a mostrar o nível de seriedade da crítica e não por mero prazer. Até porque há problemas e paradoxos comuns nestes elefantes brancos. O futebol, lembrem-se, não nos dá, como nação, nenhum motivo de orgulho. Não é uma indústria lucrativa. Consome, isso sim, dinheiro que seria útil para as necessidades prementes de um povo, em alguns casos, votado ao abandono. Portanto, é absurdo que lhe criem espaços do mais altíssimo nível, sobretudo quando os actuais intérpretes nacionais não sabem o que é talento. Construir, portanto, um Estádio não merece celebração. Só há um tipo de sítios em que imagino que as coisas se festejam pela sua pomposidade e não pela sua relevância: os hospícios. O facebook é um hospício gigante em que os doidos, apenas porque sim, apenas porque há qualquer coisa dentro deles que os faz sentirem-se embriagados de felicidade, festejam a sua doidice como povo.

Eu não celebrei o Estádio do Zimpeto. Portanto, não celebro o Elefante Branco que pretendem erguer na Beira. Distancio-me completamente dessa vontade de Daviz Simango. Aliás, julgo que isso é perder o foco. É oferecer espectáculo ao povo quando as necessidades são outras. É uma inversão de prioridades gravíssima. Não sob ponto de vista de popularidade, mas das reais necessidades do povo beirense. Eu não posso celebrar erros, venham eles de onde vierem. Como também não posso turvar a minha visão por causa daquela doença colectiva de que é necessário criticar tudo que a posição faz e, por tabela, louvar os erros da oposição. Estamos diante de dois grandes erros. Um já foi cometido e outro está a caminho. Nós é que os vamos pagar, mas no futuro…

O Estádio que o Município da Beira quer construir

Como prometido, hoje vou postar aqui um espólio documental sobre os madgermanes, que pretende ser uma reflexão interessante sobre o fenómeno, e provar a minha a tese de que são os estrangeiros e não nós próprios quem melhor discute a nossa realidade. Porque, se calhar, são pessoas comprometidos com a ciência e não com a oportunidade.

Para começar eu perguntaria. Madgermanes: órfãos da guerra fria ou moeda de troca socialista?

Explorados pela RDA e esquecidos pela RFA. Sua contribuição histórica e económica para Alemanha de hoje e Moçambique também, apagada da história. Cidadãos moçambicanos injustiçados, com as almas em estado de sítio. Como tantos na sua pátria. Criaram uma “república” do desenrasca e relações diplomáticas com a autoridade municipal.

Por vezes, Samora é invocado nas suas marchas. E porquê? Porque eram jovens quando este os mentalizou nos valores do patriotismo, integridade e da morte ao crime e à corrupção. Em 1989, os alemães do Leste eufóricos, reclamaram (finalmente) a sua expulsão. É o que nos revelam os ficheiros da STASI. Mas também não era segredo para ninguém que a RDA era, a par da Suécia, um dos países com maior nível de suicídios do mundo! Dizem os cínicos “por conforto a mais…”. Tal como a Suécia, aliás.

E o alcoolismo e o sexo eram o único tubo de escape permitido por Honecker ao povo alemão.

E os moçambicanos eram idolatrados por isso. E como eram!…

Há uma história fabricada na RFA tentando vender a imagem de um gulag na RDA. Que era um estado policial, lá isso era. Mas que não cuidava dos seus cidadãos, isso é pura montagem. E isso, incluía importar uns milhares de moçambicanos para trabalhar para eles.

Perguntem aos “Ossies” o que acham da queda do muro 20 anos depois? Vão-se surpreender com a resposta. Apesar de ter sido “arquivado” pelos media e intelectuais de Moçambique, o assunto ainda e matéria de grande destaque nos medias e academias internacionais:

1.http://english.aljazeera.net/focus/2009/11/2009118121156268366.html

2.http://www.mang.canterbury.ac.nz/docs/dana/Mozambique%20after%20the%20war.htm

3.http://www.monstersandcritics.com/news/europe/features/article_1508314.php/Africa-and-Asian-East-Germans-nostalgic-for-the-GDR-Feature

4.http://gdrddr.wordpress.com/

5 . http://www.ftd.de/politik/international/:agenda-madgermanes-sklaven-in-der-ddr/70038446.html

6. http://www.madgermanes.com/

Pessoas com valores. Técnicos habilitados e competentes, mas que hoje viraram marginais, ostracizados por uma sociedade conformista e indiferente. Apagados da historia por seus intelectuais encastelados no poder. E acantonados por seu governo numa “favela” de 200 X 200 m2, sem eira, nem beira. E assassinados a tiro como pardais, por policias a paisana…

Ha muita coisa escrita sobre eles nos arquivos da ex-STASI na antiga RDA, pena estar em alemão, o que para muitos fica difícil. Mas uma coisa vos digo, eu gostaria de ter sido um Madjermane como eles. Sentir-me-ia muito mais digno.

Esta aberto o debate!

Texto de Livre Pensador, publicado com a devida autorização

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Chegou com ar sôfrego, bateu a porta com força. Uma senhora, na casa dos 50 anos, abriu e ficou a obstruir à entrada com a sua extraordinária magreza. Pronunciou algumas palavras imperceptíveis e deixou o homem entrar. Ele acomodou-se num sofá velho, num dos cantos da sala, enquanto a velha se arrastava por uma portinhola adentro.

O homem olhou para os lados, puxou uma lata de refresco jogada no chão nauseabundo e colocou entre as pernas. Gesto imediato: tirou um charuto do bolso, acendo-o e pôs-se a fumar. Passados dois minutos a velha regressou com um candeeiro e disse que já estava tudo pronto. O homem levantou-se e entrou num quarto pequeno e escuro. Na cama, aberta para o mundo, encontrou uma mulher à espera.

– Primeiro o dinheiro – disse numa voz que se confundia com a de uma adolescente.

– Aqui o tens – retorquiu o homem. Viera até ao local para satisfazer necessidades biológicas e não para discutir pormenores. Tinha de ser breve.

Atirou duas notas de 500 meticais. Ela recolheu e guardou na ponta de uma capulana.

O homem levou segundos para se livrar da roupa. Sara então abriu-se ao pénis hirto. Pouco tempo depois o homem pediu para retirar a camisinha. A mulher recusou-se.

– Vou pagar mais – disse-lhe, entre o intimidativo e conciliador. – Não tenho SIDA e você não ma pode recusar. Preciso sentir o teu sabor para assegurar que o “produto” é mesmo bom.

Em suma, a mulher quedou-se na dúvida, ou melhor, com a certeza interior que se fingia duvidosa a fim de não indispor o homem. Sara apegava-se ainda a hierarquias antigas, do tempo em que a voz de um homem era lei.

Bem, abafada a rebelião da reticência feminina lá foi feita a vontade ao pobre do homem.

– Podes fazer como quiseres – dizia num tom vago, como se dissesse que se fosse assim não vinha nenhum mal acrescido, nós as mulheres temos uma paciência infinita para esperar pelo sémen que tanto pode vir como não vir, nestes tempos uma mulher não tem direitos; temos uma energia inesgotável para suportar as dores do mundo e o esperma dos homens. Como não tê-la se foi assim que atravessámos o longo e penoso passado, se foi abrindo as pernas que sobrevivemos e nos fortalecemos.

Enquanto Sara ruminava a condição feminina o homem ejaculou no interior dela, qual relação para procriar. Sara agora se lembra que não queria ir sem protecção, não precisava de fazer sexo desprotegido mas não lhe convinha negar aquele pedido porque o facto lhe afectaria uma reputação que, em si, era já frágil. Curvada no balde, a mulher contém a custo a indignação. Vendo o sémen de um homem desconhecido a escorrer pelas coxas abaixo – ainda que o fulano tenha pago mais – estremece e uma ira fina sobe-lhe à cabeça.

– Sujaste-me – resmungou.